TEORIAS E HISTÓRIAS DA ARQUITETURA DIGITAL
PESQUISAS
2018-atual | Design Humanitário: uma cartografia crítica de práticas espaciais em contextos de refugiados
Esse projeto de pesquisa, frente às milhares de pessoas que atualmente se encontram na situação de refugiados, faz as perguntas: (1) como arte, arquitetura e design podem contribuir na construção de práticas de alteridade que favoreçam a manutenção dos direitos e das liberdades dos refugiados, tais como seus direitos à vida e à integridade pessoal? (2) Como as disciplinas de design e criação facilitam e promovem a inovação ? em termos de processos, produtos e/ou modos de relação ? junto aos refugiados? (3) Em que medida as novas tecnologias informacionais, de design e fabricação digital, informam e/ou potencializam a construção de autonomia técnico-criativa dos refugiados? As hipóteses iniciais indicam: (1) que cada contexto exige soluções idiossincráticas ? e mesmo em um mesmo contexto, situações diversas solicitam modos específicos de abordagem ?; (2) que as abordagens mais eficazes são aquelas em que o refugiado é incorporado no processo de resolução de seus problemas ? incluindo a seleção de que problemas resolver ? isto é, as abordagens participativas e colaborativas de princípio bottom-up podem possibilitar uma maior autonomia da pessoa e ,no âmbito da comunidade, a constituição de tecnologias sociais; (3) os modos de sobreposição entre alta tecnologia e cultura local podem favorecer formas de diferenciação e expressão da identidade étnica e individual; (4) o ensino de design thinking pode capacitar os refugiados em modos de pensamento crítico-criativos e se mostrar muito mais potente do que soluções prontas de terceiros, por princípio, top-down. Assim, a pesquisa pretende confrontar perguntas e hipóteses a partir de uma cartografia crítica de práticas que envolvam arte, arquitetura e design em contextos de refugiados. Espera-se sensibilizar artistas, arquitetos, designers e estudantes com relação à situação global dos refugiados; informar esses profissionais, instituições e organizações sobre abordagens estratégicas e eficazes de lidar com as questões dos refugiados; fomentar, através da discussão de estudos de caso e novas proposições, mudanças de comportamento e atitudes de todos os atores envolvidos nos processos de inovação, que poderão refletir de forma relevante nas políticas e ações humanitárias com vistas à reversão da situação de refugiado.



